Dedicando alguns minutos para se conhecer…
Na nossa busca por sermos pessoas melhores amanhã do que o fomos ontem, precisamos começar a trabalhar em nós mesmos, hoje!.
Amanhã, ontem, hoje… todo o tempo se resume ao… agora! Não há depois…
Então, as mudanças que queremos fazer nas nossas vidas precisam acontecer no presente, a partir do que revemos do passado e do que nos propomos para o futuro.
É nesse sentido que a auto-observação ajuda a percebermos nossas marcas…
. Tenho deixado rastros sadios do meu mentalsoma por onde vou?
. Qual a minha contribuição para a convivialidade sadia?
. Tenho lembrado de manifestar gratidão por todo o aporte que recebi/recebo da vida, das demais consciências?
. A minha vida tem sido útil, para mim e para os demais?
Assim como o tempo de mudança consiste no agora, as respostas as essas perguntas encontram-se em um mesmo ponto: eu mesmo!
É no contexto no qual estamos inseridos que deveremos iniciar/dar continuidade a qualquer processo de mudança, porque esse processo será sempre interno.
A autopensenidade fornece pistas sobre a natureza dos pensamentos que tenho nutrido, sobre como tenho reagido emocionalmente, sobre como tenho me expressado…
“As algemas de ferro nos punhos, os varões de aço da masmorra e as altas muralhas do presídio não tolhem a liberdade de autopensenizar do prisioneiro. Autopensenidade significa liberdade”.
É nesse mundo interno que devemos identificar o que está exigindo mudança em nós. E é ali também que vamos encontrar as chaves para promover as mudanças necessárias.
Façamos um autoquestionamento sincero:
“Se os pensamentos são pássaros e o cérebro o seu ninho, que pássaro mantenho acima do pescoço: o beija-flor, a águia ou o abutre?”
É importante nos ocuparmos com a autopensenidade, dedicar um tempinho para a autoavaliação: anotar os pensenes que alimentamos, prestar atenção às emoções que mais nos ocorrem no dia a dia, perceber a qualidade de diálogos que estamos mantendo nos ambientes que frequentamos.
São autoexperimentos que parecem simples e ao qual tendemos a responder: “eu estou sempre atento ao que penso, sinto e expresso”; “eu sei como funciona a minha mente”; “a minha interação comunicativa com as demais pessoas é sempre sincera”…
Mas tais respostas podem ser resultantes apenas do “piloto automático” que acionamos para fugirmos da tarefa da autopesquisa.
Não é perda de tempo pararmos todas as nossas atividades, por alguns minutos no dia, para contemplar os nossos pensenes…
Esse tempinho, mantido com regularidade, nos leva à autocognição, ao autoconhecimento.
“A ampliação do acervo de autocognição é o ato ou efeito de a consciência expandir o conjunto de dados, informações e conhecimentos relativos a si própria e ao Cosmos”.
Eis algumas das vantagens que obtemos com a ampliação da autocognição, possibilitada pelo diálogo contínuo conosco mesmos:
. o processamento crescente do autoconhecimento: é impossível esgotar esse tema; há sempre algo novo a ser descoberto, estudado, em nós, por nós.
. o enriquecimento da autoconsciencialidade teática: o exemplarismo na prática do que você possui em teoria;
. o incremento gradual de autocognições úteis: vamos descobrindo como executar o papel que nos cabe, da melhor forma possível, ativando os nossos traços-força, corrigindo os traços-falhos e nos preenchendo com os traços faltantes;
. a expansão da autocognição representando, antes de tudo, a autocorreção contínua;
. a redução da autoignorância: a coragem do autoenfrentamento evolutivo nos conduz ao ato de encarar amorosamente a nossa própria realidade, sem chicotinho e sem autossabotagens; é o trinômio choque de realidade–crise de crescimento–reciclagem da intraconsciencialidade;
. a autoconscienciometria prática: pela autoavaliação das nossas práticas, vamos nós mesmos medindo o nosso nível evolutivo;
. a estabilidade emocional frente à autopesquisa, à medida em que aperfeiçoamos a autopercepção quanto ao funcionamento da dinâmica intraconsciencial, pela autoconsciência quanto aos pontos fracos e pela busca dos fatores que influenciam no modo de ser pessoal; é o trinômio evolutivo autocognição-autoconfiança-autossuficiência;
. a responsabilidade autoevolutiva advinda da ampliação da autocognição: o fato de quanto maior o universo da autocognição, maior ser a obrigação pessoal de esclarecer, de compreender, de assistir; é o polinômio revisionismo consciencial–aprofundamento autopesquisístico–incremento autocognitivo–autoaprimoramento interassistencial.
“Aprofunda-te no autoconhecimento, redescobrindo-te. És conforme te elaboraste na sucessão do tempo. As tuas matrizes encontram-se no passado espiritual que não mais alcançarás. Entretanto, mediante novos comportamentos alterarás o ritmo e as ocorrências da vida. Examina-te e tem a coragem de enfrentar como te encontras, elaborando paradigmas e propostas reais que conseguirás alcançar. A fuga de ti mesmo não leva a lugar algum, porquanto jamais te dissociarás da tua realidade” (Joanna de Ângelis – vol 4 / Divaldo Franco).
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