O desafio de se alimentar bem
Geralmente quando ouvimos e observamos pessoas preocupadas ou ocupadas em mudar sua alimentação – seja por desejarem mais saúde, por motivação estética, ou ambos – parecem muito mais focadas em buscar informações sobre o que está fora delas, seguindo dietas consideradas mais saudáveis.
Embora isso seja importante, colocar o foco prioritariamente neste aspecto, não parece ter ajudado a todos que buscam por mais saúde. Alguns inclusive, se percebem “perdidos” no meio de tantas informações sobre o que é ou não saudável, sobre as promessas da “última dieta”, e sobre quem são os vilões da nossa complexa relação com a comida.
Há quem diga: “Muita informação, mas pouca ação na mesma direção.”
Então, daquilo que pode ser realmente saudável para cada um de nós – como por exemplo, diminuir a ingestão de açúcar, gorduras, carboidratos, alimentos ultraprocessados, hipercalóricos e pouco nutritivos. etc. – o quanto estamos realmente seguindo ou mantendo, a partir do que nos foi sugerido ou prescrito pelo(a)s nutricionistas?
Aqui queremos refletir o quanto a nutrição física está relacionada a um conjunto de fatores e vivências: De onde vem a nossa comida, como é cultivada, elaborada e consumida, como respiramos, se praticamos exercícios físicos, os cuidados com nossos pensamentos e emoções, por exemplo. E somado a isso, ainda temos, a influência de como o alimento é introduzido na infância e quais as crenças que temos sobre a alimentação.
David Katz, em seu livro “Comer o quê?”, fala sobre como nossas escolhas alimentares são influenciadas pelos aspectos culturais da nossa sociedade. Segundo ele, nosso problema “não é a falta de conhecimento sobre os cuidados básicos e a alimentação do Homo Sapiens. Nosso problema é uma relutância cultural impressionante, e tragicamente cara, em engolir isso.”
Nesse contexto, nos parece que, atribuir a nossa dificuldade em promover mudança apenas à força de vontade, não nos auxilia muito. Na verdade, para alguns mais exigentes consigo mesmos, só tende a ampliar a autoculpa e frustrações.
Então, quais os outros elementos que podemos trazer à nossa reflexão a fim de nos auxiliar com esse autocuidado?
- Comece observando e analisando o que você aprendeu até aqui ( com a família, comunidade, etc.) e quais são as suas crenças sobre alimentação.
Por exemplo, “Comida saudável é ruim.” “Comer saudável é passar fome.”
Você vive na frequência da saciedade ou da satisfação dos sentidos (desenfreada e inconsciente)? - Por que comer? Por que você come?
- Você já observou se seu estado emocional influencia sua escolha dos alimentos?
- Quais são suas principais queixas ou preocupações na sua relação com a comida?
- Você tem uma abordagem mais compassiva de autocuidado no comer? Ou tem em sua mente um “supervisor ou capataz da dieta”?
A fim de ajudá-los na auto-observação e reflexões estamos oferecendo para vocês, gratuitamente, o e-book Diário – Alimentação Consciente, que ficará disponível durante todo o mês de janeiro.
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(Márcia Correia – Nutricionista & Cynara Correia – Psicoterapeuta)
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