A força da comunicação evolutiva

AutococonhecimentoA força da comunicação evolutiva

A força da comunicação evolutiva

A cada ressoma, a consciência é naturalmente influenciada por fatores intraconscienciais (que formam a autopensenidade), e extraconscienciais (que resultam da heteropensenidade), moldando a partir disso o comportamento e a estruturação da personalidade. Tais fatores repercutem tanto positivamente quanto negativamente, contribuindo para uma autoexpressão sadia e cosmoética ou bloqueando a livre expressão da consciência.
Às repercussões negativas desses elementos chamamos dificultadores dos atos comunicativos, e causam desconforto, criam e/ou reforçam conflitos, impedem a consciência de exercer plenamente a sua comunicação como instrumento de crescimento pessoal.
Porém, quando as repercussões dos fatores internos e externos são positivas, ao que denominamos facilitores da comunicação, o processo intra e intercomunicativo flui mais naturalmente, porque um dos atributos que distingue o ser humano das demais espécies viventes é justamente a sua capacidade de comunicar-se.
A esses fatores de caráter positivo denominamos traços força (Trafor) – componente positivo da estrutura do microuniverso consciencial que impulsiona a evolução da consciência.
São atributos, talentos, habilidades e competências já conquistadas na existência atual ou inatos (trazidos de outras existências), os quais podem ser reforçados por fatores externos (mesológicos), que permitem à consciência ter, por exemplo, educação esmerada, condições socioeconômicas favoráveis ao desenvolvimento de tais potencialidades.
“O ato comunicativo pode ser mais fácil ou mais difícil conforme o grau de domínio linguístico de cada interlocutor. Alguns, com maior esforço, desenvolveram a comunicabilidade ao longo de várias existências, representando na atualidade trafor ou mesmo megatrafor” (Seno).
Aqui é preciso ampliar qualquer pré-conceito que tenhamos para não cairmos na tentação de ler e interpretar esta frase apenas a partir da dimensão intrafísica. Esse autoesforço não é só desta existência, mas algo que se vem construindo há várias outras existências. O que não significa que não devemos também nesta aperfeiçoar esse trafor ou desenvolver essa habilidade se ela se constituir trafar.
Então, o fato de nesta existência, desde cedo eu ter facilidade para me expressar não é, necessariamente, fruto de uma educação esmerada desde à infância ou resultante da dedicação dos meus pais e professores. Não que isto não tenha influência. Mas ao que parece, todo esse conjunto de fatores da atual existência impulsiona a habilidade – porque comunicar-se é habilidade – que venho desenvolvendo desde outras vidas!.
Vivemos numa época privilegiada sob diversos aspectos: a comunicação é instantânea e extremamente facilitada pelo avanço tecnológico. No entanto, também é verdade que a prática comunicativa, muitas vezes, é vazia de sentido, é inconsequente, é desmedida, principalmente porque não estamos assumindo a autorresponsabilidade pelas consequências das mensagens que emitimos!
Por isso é preciso desaprender a assim comunicar-se. Mas desaprender é muito mais difícil que aprender, pois envolve duas vertentes concomitantes:
Compreender os equívocos, desapegar-se do conhecimento obsoleto e descondicionar-se da técnica anteriormente praticada (desfazer paleossinapses);
Compreender os novos conceitos, reprogramar os neurônios (fazer neosinapses).
Alguns dos fatores que facilitam o processo comunicativo e auxiliam no aperfeiçoamento da comunicação como instrumento de crescimento pessoal são:
Autolucidez, autoconfiança, autocognição alavancadora, predominância do mentalsoma, conhecimento discernido: valoriza o que já sabe. A mensagem é falada om conhecimento sobre o assunto, próximo à isenção, transparência, com autovisão e contextualização de si mesmo no fato, lucidez assertiva, com discernimento, autocrítica e realismo vivenciado. Não falo do que não domino!
Força presencial, assistência qualificada, cosmoética: ação pró-comunicativa, na qual a interlocução é democrática, autêntica, com diálogo interassistencial e postura fraterna, observando e respeitando a evolutividade e nível de maturidade do interlocutor. A holopensenidade positiva, pacífica e cosmoética transmite pelas energias força presencial não agressiva, de valorização do outro. Escuta teática e compreensão empática que me aproximam do(s) meu(s) interlocutor(es).
Fraternismo, acolhimento do interlocutor, diálogo maduro e fraterno, diplomacia e respeito ao ouvinte: aprecia contato com diversas consciências, receptivo e tolerante às diferenças, universalista, comunicação aberta e acolhedora. Promotor do convívio sadio, cosmoético e assistencial. Habilidade de saber ouvir, importante na comunicação hígida eficaz Disponibilidade íntima, interesse sadio, curiosidade de pesquisador por diálogos intereassistenciais, com postura polida e fraterna.
Abertismo consciencial, cosmovisão, disponibilidade pensênica, aprendizagem autodidata: exercitar o cérebro com leituras, estudos, equipando-o com riqueza de léxico e de informações, auxilia no entendimento e ampliação das redes sinápticas cerebrais, favorecendo a percepção de maior número de fatos e parafatos. A conscin que possui postura cosmovisionária diante dos fatos favorece e revela o grau de compreensão dos mecanismos evolutivos pela autovivência multidimensional. E ainda que você não tenha registro e experiência parapsiquíca lúcida, não significa que não as tenha vivido. O importante é você não ficar fechado às possibilidades de ter e vivenciar plenamente a experiência.
Retilinearidade pensência, auto-organização pensênica, coesão de idéias, hiperacuidade parapsíquica, disciplina e regramento, otimização do tempo: a consciência qualifica interação interdimensional ao deixar de reclamar das agruras da vida, que, em realidade, representam fatos-oportunidades para o aprendizado consciencial. É preciso cuidar da autopensenidade, alterando padrão pensênico patológico, esforçando-se para adquirir padrão pensênico sadio.

Essa maneira de pensenizar ajuda na ortopensenidade, no bom humor, aumenta a positividade e autoconfiança, além de promover visão traforista da vida e redução das expectativas.
O esforço para o exercício da comunicação evolutiva requer impreterivelmente autoconhecimento, sinceridade íntima e autotenticidade. Sem eles, não há lucidez, autocrítica, discernimento.

Você pratica, nas inter-relações estabelecidas, ações pró-comunicativas?
O que vem fazendo para qualificar sua comunicabilidade?

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Colaboradora e pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisas Biofísicas (CEPP), com formação acadêmica em Comunicação Social e em Filosofia, ambas pela Universidade Federal da Paraíba.

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