AUTORRESPONSABILIDADE COMUNICATIVA

AutococonhecimentoAUTORRESPONSABILIDADE COMUNICATIVA

AUTORRESPONSABILIDADE COMUNICATIVA

Todo processo comunicativo exige, no mínimo, três elementos co-participantes básicos: uma consciência emissora, um conteúdo (mensagem) e uma consciência receptora. Vale destacar que, em alguns casos, emissor e receptor podem ser uma mesma consciência, o que caracteriza a comunicação intraconsciencial ou autocomunicação multidimensional.
Há ainda os seguintes tipos de comunicação:
a. Comunicação interconsciencial na intrafisicalidade: duas (ou mais) consciências na dimensão intrafísica interagindo entre si;
b. Comunicação interconsciencial interdimensional: duas ou mais consciências na dimensão intrafísica interagindo com outra(s) consciência(s) na dimensão extrafísica (conscin-consciex), estando a conscin projetada ou em estado de vigília física ordinária.
c. Comunicação interconsciencial na extrafisicalidade: duas (ou mais) consciências extrafísicas (consciex-consciex), interagindo entre si em múltiplas dimensões extrafísicas ou na mesma dimensão extrafísica em que se encontram.
Em se tratando da comunicação na intrafisicalidade, a primeira interlocução da consciência é energética, pois as energias conscienciais se expressam em qualquer movimento corporal, gestual, olhar, palavra do emissor.
Assim, por princípio, o meu ato comunicativo tem o poder de revelar-me a mim mesma (autoreflexão) e aos outros. E isso ocorre ainda que não estejamos conscientes desse fato. Eu posso ter um discurso manipulador, mas me deixar trair pelas energias e/ou pelas emoções.
Vivemos hoje em condições especiais em que as fronteiras físicas foram de há muito ultrapassadas pelos satélites, pelas fibras óticas, enfim, por uma incrível rede de invenções que encurtaram as distâncias físicas, surgindo a comunicação quase instantânea, em tempo real.
Mas essa realidade, do ponto de vista da manifestação física, é apenas reflexo do que ocorre nas dimensões do pensene (pensamento-emoções-energias). O meu pensamento, minhas emoções e energias têm força suficiente para ultrapassar barreiras e se propagam, irradiando e influenciando (adequada ou inadequadamente) o ambiente próximo e distante de mim. E mais uma vez vale destacar: mesmo que eu não tenha consciência disso!
Nas inter-relações cotidianas, esse movimento comunicativo entre as pessoas ocorre constante e automaticamente.
A experiência humana funda-se nas inter-relações e no convívio entre as consciências ressomadas. E porque a base da autoconvivialidade sadia está no investimento de trocas de experiências pessoais nas diversas interlocuções, interconscienciais e interdimensionais, fundamentadas nos diálogos produtivos, é que eu preciso me ocupar de estabelecer, sempre e em qualquer circunstância, um processo sadio e sincero de comunicação.
“Se a comunicabilidade consciencial depende do uso, manejo e gerência das emoções e sentimentos, então o estudo da inteligência emocional, das inter-relações empáticas e dos modos de pensenizar faz diferença no desempenho comunicativo” (Ana Seno).
Em que pese a frase acima parecer de difícil compreensão inicialmente, nada mais quer dizer: o meu ato comunicativo, qualquer que seja, está impregnado das minhas emoções e energias e, por isso, exige auto-observação, autoconhecimento e autoenfrentamento se pretendo que os meus relacionamentos sejam menos conflituosos, mais harmônicos e mais sadios, tanto comigo mesma quanto com os que comigo convivem.
Quando se fala em estudar inteligência emocional, inter-relações e os modos de pensenizar, pretende-se chamar a atenção para a autoconsciência. Sem perceber-SE no aqui-e-agora de cada instante, você continua separado (e separando!) do pensamento, da sua emoção e da sua manifestação comunicativa.
Na linguagem da Comunicação, isso significa que há ruído na transmissão-recepção da sua mensagem!
O quanto você se sente responsável pelo que comunica?
Você já pensou/refletiu sobre a sua responsabilidade nas experiências comunicativas do seu dia-a-dia?
O quanto você se preocupa com a transmissão de mensagens, ainda que seja por pensamento e/ou emoção?
Para que me comunico?
A quem eu ajudo quando estou me comunicando?
Não importa o momento evolutivo que estamos vivendo, as escolhas devem ser baseadas em reflexão, planejamento e ação.
“(…) todos podem fazer melhor (…) Podem começar fazendo por si mesmos. (…) Não sejam equipamentos de mera reprodução sonora do que escutam. Sejam os que escutam. Reproduzam o que ouviram com atos e exemplos, não com palavras vazias, se não as possuem no coração” (Joanna D’Angeles).

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Psicoterapeuta, colaboradora e pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisas Biofísicas (CEPP), com formação em Psicologia.

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