O fortalecimento das interrelações com o auxílio da comunicação

AutococonhecimentoO fortalecimento das interrelações com o auxílio da comunicação

O fortalecimento das interrelações com o auxílio da comunicação

O pleno exercício de uma comunicação sadia, no dia a dia, se faz pelo aperfeiçoar o uso dos 6 Saberes Comunicativos: saber ouvir, saber falar, saber ler, saber escrever, saber traduzir e saber pensenizar.
A pesquisadora Ana Seno, autora do livro “Comunicação Evolutiva nas Inteerações Conscienciais” (2013), define os Saberes Comunicativos como sendo “o conjunto das 6 habilidades comunicativas indispensáveis para o desempenho proexológico, nas diversas interlocuções e manifestações intrafísicas e extrafísicas, visando à qualificação da interassistência tarística”.
Cada um desses saberes é uma habilidade e, assim sendo, pode ser aprendida e desenvolvida. Esas habilidades formam um conjunto e, longe de serem excludentes, são complementares!
Didaticamente, vejamos cada um dos saberes separadamente:

I) Saber Ouvir – habilidade que corresponde à comunicação auditiva.
O radialista e publicitário José Roberto Whitaker Penteado escreveu no seu livro “Teoria e Prática da Audição” (1976) que “é através da audição que as informações se transformam, na nossa mente, em conhecimentos”. Segundo ele, ouvir “é a mais alta forma de altruísmo”, no sentido de dedicar amor e atenção ao próximo. E complementa: “Talvez por essa razão, a maioria das pessoas ouve tão mal, ou simplesmente não ouve”.
Ou seja, a audição é negligenciada e, geralmente, privilegia-se mais o falar.
No entanto, quando nos recusamos a ouvir verdadeiramente o outro (ou os outros), perdemos muitas vezes ricas oportunidades de aquisição de conhecimentos e ideias e de ajudar, de assistir.
Em qualquer diálogo, há alternância de papéis de locutor e ouvinte. Mas essa interlocução só será sadia, se houver por parte das consciências envolvidas a postura íntima pela atitude de ouvir sinceramente o outro. A compreensão do tema da conversa, qualquer que seja ela (se de nível informal ou de maior formalidade) está diretamente vinculada à necessidade de ouvir o que o outro diz.
II) Saber falar – habilidade da oratória, da comunicação oral.
Fisiologicamente, assim como na audição, o saber falar exige aparelho fonador funcional. Mas na ausência dessas condições, é possível “falar” por gestos e sinais.
Saber ou aprender a falar com clareza e discernimento é essencial à arte de bem viver. A perícia da oratória tem origem na vontade da consciência em querer comunicar-se bem.
Outro aspecto de fundamental importância quando se trata de comunicabilidade é a escolha do quê e para quem falar, pois revela a preocupação cosmoética de comunicar-se de modo adequado, competente e assistencial, evitando distorções ou mau uso das informações, por exemplo.
Atentemos ainda para o fato de que nem sempre a conversa é de caráter construtivo e positivo, havendo diálogos descompromissados e até inúteis. Assim é preciso ter discernimento para avaliar, com critério e lucidez, o conteúdo da sua fala. O falar vazio não constrói, não esclarece, não leva à evolução.
III) Saber ler – habilidade da comunicação decodificada.
Este saber compreende não apenas o correr os olhos pelas letras e símbolos, mas também (e principalmente!) o entendimento do conteúdo escrito. É preciso refletir sobre o que se está lendo, examinar as ideias do autor antes de admiti-las como verdadeiras.
Então, saber ler é, em essência, decodificar a mensagem lida, compreender a sua essência, ir além dos símbolos que são as letras e apreender a idéia mestra do pensamento do autor.
Deve-se estar atento para o fato de que é a partir da leitura que se cria o acervo cultural e informacional de cada consciência, pois o acúmulo de palavras e ideias amplia o dicionário cerebral pessoal, indispensável à comunicação.
IV) Saber escrever – habilidade da comunicação grafopensênica.
O saber escrever está intimamente ligado ao saber ler e vice-e-versa.
Se a leitura é decodificação da mensagem, isso só será possível se a mensagem tiver sido escrita de forma ordenada, com ideias bem associadas.
O intercâmbio de ideias pela escrita (e de forma perene, pelos livros) tem alcances inimagináveis, pois ultrapassam séculos, existências, permitindo a comunicação assistencial a inúmeras consciências.
Justamente por isso, o ato de escrever é de grande responsabilidade para quem pretende fazê-lo com o objetivo de compartilhar conhecimento, pois não se tem controle sobre quem ou quantos são os seus leitores!
É mister aprimorar ainda mais a autorreflexão sobre a comunicação nas mídias sociais, em razão da dinâmica e da velocidade com que as mensagens se propagam. Principalmente, porque não ficam registros de forma permanente (como nos livros), que possibilitem eventuais esclarecimentos posteriores.
Em qualquer tipo de escrita, portanto, é fundamental estar motivado pela vontade de esclarecer e de tornar um simples ato comunicativo em oportunidade de interassistência. Então, só escreva aquilo de que você não se envergonhará mais tarde. Lembre-se de que a sua existência tem repercussões nesta e em outras dimensões.
V) Saber traduzir – habilidade de dominar a comunicação parapsíquica, veiculada principalmente por meio das energias.
No uso de qualquer das habilidades anteriores, há sempre a necessidade intrínseca da tradução, quando se transforma em entendimento e compreensão os símbolos e sinais lidos ou escritos; quando se reflete sobre o que se ouviu ou mesmo quando se transpõe, em palavras, o pensamento.
Ou seja, o processo tradutivo aciona a capacidade cognitiva da consciência para que tenha condições de fazer a correspondência dos significados das linguagens envolvidas na interlocução.
A interlocução requer no mínimo dupla operação de traduzir, a saber:
(i) Emissor – traduz, dentro de si, o pensamento em palavras;
(ii) Receptor – escuta, processa e traduz para si o que ouviu, de acordo com seu domínio linguístico.
Do ponto de vista conscienciológico, que amplia essas noções para a multidimensionalidade, destaca-se que todo processo tradutivo também está recheado das energias conscienciais do emissor e do receptor, conferindo a toda interlocução o caráter de comunicação parapsíquica.
VI) Saber pensenizar – habilidade para produzir pensenes. Compreende o trinômio pensar-sentir (emoção)-manifestar.
Desse modo, o ato comunicativo se amplia porque além de saber ouvir, falar, ler, escrever e traduzir, é necessário saber pensar, saber sentir e saber expressar-se energeticamente.
Considera-se então o pensamento como importante instrumento do qual deve se utilizar a consciência para se expressar. É a fonte das ideias e, portanto, aprender a pensenizar é aprender a buscar ideias e associá-las de modo que possam ser transmitidas adequadamente visando à sua compreensão.
Isso se traduz na necessidade de reflexão, aspecto fundamental nas associações mentais, melhoria do raciocínio e obtenção de novas ideias principalmente sobre si mesmo.

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Colaboradora e pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisas Biofísicas (CEPP), com formação acadêmica em Comunicação Social e em Filosofia, ambas pela Universidade Federal da Paraíba.

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