Para onde me levam os pensamentos?

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Para onde me levam os pensamentos?

O pensamento é, talvez, a principal característica do ser humano, sendo o maior traço de distinção entre o homem e os demais seres vivos no âmbito do Planeta Terra.
Cada um de nós, como consciência eterna, é um microuniverso: uma complexa miniatura da imensa e ainda mais complexa organização que é o macrouniverso, esse Universo propriamente dito como o conhecemos.
Caracteriza-nos o poder de autoexpressão: de falar, de ouvir, de escrever e ler, de constatar e apreender (fatos, acontecimentos, situações), traduzindo-os no nosso entendimento, e… ainda o poder de pensenizar – usar a razão, a emoção e as nossas energias para associar ideias e formar a nossa visão de mundo.
Nesse percurso, somos influenciados por fatores externos a nós, mas também pelos nossos valores, crenças, raciocínios e reflexões.
Pensar, refletir… para onde estão me levando os meus pensamentos? São mesmo meus tais pensamentos? Posso alterá-los para melhor? Como qualifico os meus pensamentos no dia a dia?
Somos, cada um de nós, consciências eternas em busca de aperfeiçoamento, a partir das experiências que vivemos em sucessivas existências (seriéxis). Somos mais do que o soma e a genética, mas ainda multidimensionais e dotadas de múltiplos talentos e diversas habilidades.
Tais talentos e habilidades, que aqui preferimos chamar de traços-força, se constituem em herança de nós mesmos, passando de uma existência a outra. Não os perdemos com a desativação do corpo biológico.
A qualidade dos meus pensamentos, das minhas emoções e das minhas energias – o meu pensenizar – situa-se no entendimento desses dois extremos:
1) Ortopensenidade: pensar positiva e retamente, com coerência e cosmoética sobre si mesmo e sobre os outros (altruísmo)

2) Patopensenidade: pensar mal de si próprio e dos outros, contaminando tais pensamentos com má intenção (egoísmo), supervalorizando os trafares (próprios e os alheios). É a qualidade do pensene caracteristicamente doentio e/ou de ideias anticosmoéticas.
A escolha sobre em qual extremo nos colocamos é inteiramente nossa!.
Ao pensenizar conscientemente, nos expressamos e nos manifestamos de forma mais sadia nas interrelações pessoais, pois se interligam reflexão, autodiscernimento e o aprimoramento da autoexpressividade, manifestada nas diversas formas de comunicação que a consciência tem ao seu dispor: verbal, não-verbal, escrita, energética e parapsíquica…
Os procedimentos básicos do ato de pensenizar são: (i) observação dos fatos; (ii) registro de tais fatos, e (iii) análise do observado e anotado.
Tais procedimentos implicam no desenvolvimento de outras habilidades: saber observar; saber escrever e saber analisar.

Então, todos esses procedimentos vão se entrelaçando num processo estreitamente relacionado ao hábito da reflexão: “Ato de refletir concentrando atenção sobre si próprio para examinar ideias e sentimentos por meio do entendimento, da razão. É o ato de entrar em si para sair de si, sadiamente. Cada vivência contém fatos e parafatos a serem observados, analisados e refletidos. A reflexão é aspecto central nas associações mentais, na melhoria do raciocínio, no ganho de neoideias, principalmente sobre si mesmo” (Conscienciologia).

Nas vivências cotidianas, quem procura pensar antes de falar, constrói uma comunicação mais harmônica, fraterna, acolhedora e esclarecedora nas interrelações. Além disso, o exercício de pensenizar de modo autocrítico e ponderado sobre os próprios pensamentos, emoções e energias, tem o objetivo de expandir a nossa capacidade de diferenciar, distinguir, discernir melhor os acontecimentos, as situações, as interlocuções, as interassistências, nos capacitando para vivências cada vez mais lúcidas. Dedicar-se à observação e análise dos próprios pensenes, nos permitirá:

a investigação e gerência sobre os autopensenes = significa investir em auto-observação e autoaceitação
a quebra da repetição de erros = implica em autossuperação
a aptidão para distinguir ortopensenes e pensenes patológicos = ou seja: observar, registrar, mensurar (no sentido de avaliar os efeitos e repercussões de tais pensenes) e atuar (modificando-os, se necessário)
o autoconhecimento a partir investigação dos próprios pensamentos = implica em usar de sinceridade, honestidade e autocrítica para consigo mesmo, promovendo um autoenfrentamento com leveza, mas verdadeiro, levando ao autocrescimento.
a eliminação e prevenção da autovitimização = significa evitar a dramatização e a baixa autoestima
a coragem para evoluir;
a identificação e superação da preguiça mental = fortalece o trinômio prioridade-autoesforço-autodomínio.
a atenção ao contexto em que estamos inseridos, permitindo uma sincera atuação interassistencial = valorização do aqui-e-agora, do momento presente
o desenvolvimento da força de vontade e a automotivação para tornar-se uma consciência melhor = seguir um código de conduta pessoal cosmoético.

Para onde me levam os pensamentos?
Ou…
Para onde eu quero que os pensamentos me levem?

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Colaboradora e pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisas Biofísicas (CEPP), com formação acadêmica em Comunicação Social e em Filosofia, ambas pela Universidade Federal da Paraíba.

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