Vontade, Autoconscientização e Autopesquisa

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Vontade, Autoconscientização e Autopesquisa

Existe uma relação profunda entre as condições internas e os fatores externos que atuam na geração dos autopensenes ou manifestações da consciência. Em outras palavras, a geração dos pensenes é influenciada por inúmeras condições externas, assim como por inúmeras condições do microuniverso consciencial (internas).

São o que, em termos de Comunicação, estamos chamando de facilitadores e dificultadores do processo comunicativo.

Exemplo de fatores que influenciam o pensene: saúde, lucidez, homeostase holossomática (equilíbrio entre os corpos mental, emocional, energético, físico), holopensenes existentes (autopensenidade e autoexpressão), heteropensenes (pensenes das demais consciências com quem interajo, consciente ou inconscientemente)… Lembremos que o pensene é gerado de modo incessante e cria os holopensenes.

“Mais do que as suas inspirações passageiras ou ideias brilhantes, são os seus hábitos mentais cotidianos que controlam sua vida” (Paramahansa Yogananda)

Conhecer a necessidade de mudar não basta. É preciso algo mais do que apenas “saber”. A autossuperação resulta do conhecimento do que se quer mudar em nós (teoria) e da aplicação desse saber (prática). Assim, a nossa vontade de mudar deve estar alicerçada na fórmula do que a Conscienciologia chama de teática = 1% de teoria + 99% de prática, de ação.

Mas, o autoconhecer-se é primordial para o desenvolvimento da vontade e sem ação, nada vale a autoconscientização.

A vontade já é, em si, forte. É a faculdade de querer livremente praticar ou não determinada ação. A vontade concretiza. É mental. Força interior que independe da emoção e me leva a praticar algo de forma consciente! Então, já podemos deduzir que a vontade exige uma ação, uma manifestação concreta na qual se empregam as nossas energias!

Na prática da comunicação evolutiva, prioriza-se a vontade como principal requesito para a interlocução, por ser a raiz (ou o traço-motor) de qualquer ato comunicativo, uma vez que qualquer pensene emitido, nas suas mais variadas formas de expressão (verbal, não-verbal, escrita, energética, parapsiquíca), é decorrente da volição consciencial. Sem vontade, uma consciência não estabelece contato com outra.

A decisão de querer se conhecer e compreender o próprio perfil consciencial passa pela autoconscientização e entendimento da lógica evolutiva. A evolução de cada consciência ocorre pelo ciclo das séries existenciais com o objetivo principal de se automelhorar.
E como devemos entender a autoconscientização? Como sendo a condição da lucidez madura da conscin, manifestada pela vontade, quanto à vida consciencial em constante interação com as múltiplas dimensões, visando expandir a autoevolução.

Essa condição não é obtida de qualquer maneira, portanto, e em geral, ela se processa de forma lenta. Por exigir mudança de paradigmas, de padrão pensênico, cada fase a ser ultrapassada na busca pela autoconscientização requer vontade inquebrantável.

Requisitos para a conquista da autoconscientização:

1) vontade – vontade íntima de autoobservar-se e reciclar-se;
2) autoconfiança – investir na autoconfiana, com sentimento positivo sobre si mesmo, elevando a autoestima.
3) multidimensionalidade – o aumento da compreensão das inter-relações multidimensionais, conscientizando-se sobre os atos comunicativos pensênicos, verbalizados ou não
4) metodologia – utilização de ferramentas evolutivas como terapias convencionais, planejamento; auto-organização; autopesquisa sob paradigma consciencial;
5) autoaceitação – autoaceitação da própria realidade atual, admitindo a necessidade de mudar determinados traços e comportamentos.
6) interação – a interação continuada com diferentes grupos: familiar, dupla evolutiva, amigos, colegas de trabalho, voluntariado, pessoas do cotidiano. O isolamento só recomendável se for momentaneamente estratégico.

Só a autoconscientização possibilita à consciência reconhecer a necessidade de autopesquisa constante, adquirindo mais informações sobre seu próprio funcionamento. Mudança exige autopesquisa.

Para a consciência, o mais inteligente evoltutivamente é o abandono da resistência à mudança. Querer mudar (recin) é condição indispensável para a evolução sadia e cosmoética.

A autopesquisa é a pesquisa da consciência por si própria, buscando maior autoconhecimento e utilizando, ao mesmo tempo, o máximo de instrumentos pesqusísticos disponíveis no microuniverso consciencial e no Cosmos.

Ferramenta imprescindível, a autopesquisa auxilia na desrepressão consciencial, ação pró-evolutiva disponível a qualquer consciência interessada em se conhecer, evitando-se autocorrupções, mecanismos de defesa e desvios psicossomáticos.

Igual a qualquer pesquisa, a autopesquisa exige aplicação de técnicas que podem ser criadas pelo próprio pesquisador ou inspirada em outros pesquisadores. Exemplo: EV profilático (circulação, mobilização de energias diariamente), meditação, abertismo consciencial, técnica do diário, afora técnicas de planejamento; mapeamento das emoções; entre outras.

Em suma, por meio do desenvolvimento da vontade, a consciência obtém:

autoconscientização

auto-observação e autopesquisa constante

autocompreensão

autoconhecimento

autodisposição e autoprontidão para autoenfrentamento (autossuperação)

autoevolução consciencial. São posturas intraconscienciais que promovem decisões e ações para novos comportamentos, reciclando a consciência.

“A verdadeira libertação é expressar em palavras os pensamentos que surgem na mente e praticar o que se diz”. (Paramahansa Yogananda).

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Colaboradora e pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisas Biofísicas (CEPP), com formação acadêmica em Comunicação Social e em Filosofia, ambas pela Universidade Federal da Paraíba.

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